(retirado do texto que acompanha o CD Mau Sangue)
A ideia para este disco surgiu de uma outra, não concretizada: criar uma história à volta dos desconsertos provocados numa personagem, ficcionada, por uma maioria não disposta a condescender com a expressão de uma certa individualidade, diferença, ou "imperfeição".
Através de textos do Nuno, ditos pelo próprio, ou cantados pela magnífica Beatriz, em circunstâncias de total informalidade, apenas condicionados por humores e estados de alma de momento, criámos no Mau Sangue um espaço de liberdade ética e moral e uma espécie de narrativa não linear, sem auto-censura. As gravações com o Nuno e a Beatriz são sempre primeiros ou segundos "takes".
Durante um ano dedicámo-nos, os três, a registar esses momentos, entre encontros no cinema Alvalade e as gravações em minha casa. O resultado desse processo teve tanto de compensador como de disruptivo.
Outras histórias ficaram imersas no Mau Sangue.
José Ferreira
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